terça-feira, julho 04, 2006

luz vaga


De repente senti-me diferente. E olha, que ando eu aqui outra vez a fazer? o quê?
A raiva, talvez não seja raiva, frustração também não é, chatice talvez depois do tempo as palavras ainda serem as mesmas. É fácil não tomarmos uma posição, dizermos que sim mas dizermos que não, é fácil agarrar a atenção das pessoas para quando desejamos ser atendidos, é fácil conquistar pela incerteza do sentir, é fácil dizer mas não fazer, é fácil fazer mas pedir desculpa, é fácil estar e depois dormir, é fácil o ciúme mas sem sentimento.
Não há ciúme, ou talvez não exista a palavra apenas. Não há profundidade ou isso interessa dizer.
Por agora chegou, todas as cartas que demonstram já depois dele supostamente não existir, todos os gestos, as palavras, o carinho, o pensar, a voz, a saudade. O que é o amor então?

Não ouças o coração… continua a viver a razão.
Não ouças o coração… quando a gaivota não parar de cantar o meu nome… e te disser que nunca tiveste razão… aí já não vai ser ciúme, mas frustração de finalmente teres entendido tudo o que foi feito e dito, por uma causa tão triste que seria apenas uma atenção... difícil de ser repetida.

Sem comentários: